A boca e a espuma

26-01-2020 19:39

Ainda que o azul seja infindo e a rota um desnorte
Há sempre a memória das marés, o murmúrio das ondas,
Das coisas breves,
Das palavras soltas na tua boca e o meu olhar viciado do teu.
Sempre em ti.
Há esta proximidade que nos passeia na pele, as rosas e as falas sobre os seios,
A boca e a espuma,
O vento que sopra.
Há um rumor que nos comove e um aroma que esculpe os sentidos.
É a nascente em corpo quente, uma ave em segredo, uma madrugada por chegar... É uma voz que nos embala.

Há ainda os teus dedos entre os meus, um idioma lunar.

 

Rosa Fonseca

 

(foto de Ana Marques)

 

 

Voltar

 

Contactos

Rosa Fonseca
Portugal

© 2014 Todos os direitos reservados.

Crie o seu site grátis Webnode